Novo velho amigo

Sempre estivemos juntos

Mas já não vejo alguns

Por onde andam meus bons amigos?

Terá restado algum?

Na falta de um velho amigo

Vêm-me os novos,

Tratam-me como se fosse antigo

Ensinam-me alguns modos

Jamais esquecerei meus velhos amigos,

Os que me confortaram

Ou me puseram em perigo

Tão pouco os novos esquecerei

Ainda há muito oque aprender com eles,

Há tanta coisa que ainda não sei.

Minhas musas de papel

Tangerine (desenho feito em homenagem a Bruna)

Há mulheres no meu quarto

Todas são de papel

São feitas com A4,

Lápis ou pincel

Leva um tempo pra serem feitas

Outras são feitas em instante

Sei que nem uma é feia,

Todas são de belo semblante.

Conhecem meu âmago segredo,

Sabem que por elas não peço dinheiro

Nem causo entrevero.

Sabem, pois são minhas paixões

Não por serem mulheres

Mas por serem minhas criações.

Esboço Josi Rizzari (olhos expressivos) 

Amor e calor

 Amor é a troca de energia entre dois ou mais corpos,

Ou seria calor?
Não importa,
Pra mim isso é amor.

O Poeta é um momento

Poeta não é homem, mulher,

Nem sentimento.

O poeta é um momento,

Aquele momento que se faz a poesia,

Trancando-se na nostalgia

Para escrever os versos que tanto queria.

O poeta não vive do desalento

Nem se imerge em sofrimento

Como muitos diriam.

O poeta ate tem sentimento

Mas é apenas no momento,

No momento da poesia.

-Mário Fernando Oliveira

"o poeta esta vivo com seus moinhos de vento"

- Frejat

O proletário nao é otário

o trabalhaDOR

É difícil aguentar ser proletariado

Viver sendo explorado

E ser considerado um otário

Ao ver do burguês.

Trabalhar seis ou oito horas por dia

Para no final do mês ganhar um misero salario,

(nessas horas) O único tempo bom é o almoço ao meio dia,

Pois ate o emprego dos sonhos vira um pesadelo quando se faz obrigado.

“Ah se eu tivesse estudo” alguns podem pensar,

Mas de nada adianta se no fim você morrer de trabalhar.

Ah o tão sonhado emprego dos sonhos,

Isso não existe, emprego é trabalho

E trabalho é obrigação

Bom mesmo é ser burguês

Bom mesmo é ser patrão.

Meu violão azul

um de meus violoes e o ratinho jimmy page

Volto mais uma vez a falar desse meu amigo azul

Que por si só não sabe falar

Esse que só sabe berrar e chorar

Com seu timbre hora grave, hora agudo,

Imita o som de quase tudo

Enquanto dou-me a cantar.

Amigo meu de toda hora,

Do crepúsculo da aurora

Dos dias de chuva e solidão

Sentindo-me só ou não,

É ele meu azul violão.

O acomodado

Mudança é algo complicado, difícil de aceitar,

Tanta gente querendo continuar como estar,

Pessoas se acomodam com sua rotina

Passam o dia reclamando da vida

Mas nunca tentam mudar.

Mais difícil é aceitar estar acomodado,

Que já aceita tudo de bom grado,

Pensa ter chegado ao seu limite

E o avanço já não existe.

Um tanto errôneo esse pensamento

O avanço sempre existe

Só não existe esse tal de limite

Que nos faz parar no tempo.

O acomodado nem percebe

Que não vive no presente,

Tem futuro ausente.

O acomodado vive um passado

E o tempo não é seu aliado.

Hora em hora o tempo passa

E a mudança não aparece

Hora dessa o tempo acaba

E enfim o acomodado perece.

Mário oliveira