O menino e o amor

O menino saiu para descobrir oque é o tal do amor, acabou encontrando um violeiro que havia chegado recentemente na cidade.

-oh moço, moço!

-que foi guri?

-o moço sabe me dizer oque é o amor?

-claro que sei, amor é dor que desatina sem doer é ferida que dói e não se sente.

-e oque é des..desatina?

-Bah guri, tu nunca leu Camões?

-eu uso as “mões” só pra segurar, não sei ler com elas não moço.

-Ah some daqui antes que eu perca a paciência guri.

O menino partiu e logo a frente viu um policial e novamente perguntou.

-oh moço, o senhor sabe oque é o amor?

-pois claro que sei, todos sabem.

-oque é moço?

-amor é...bem..vejamos, é quando você sente uma coisa diferente no coração, muda ate a respiração.

-então que dizer que vovô morreu de amor?

-Ha ha, pois creio que não.

O menino partiu mais uma vez sem nada entender, voltou para sua casa, abriu um caderno e então escreveu: “ Todos sabem oque é o amor e poucos sabem dele,

Alguns até tentam entende-lo

E acabam esquecendo que o amor é pra sentir

 Não pra compreendê-lo”

Um louco poeta

La estava o poeta sentado no banco da praça fumando seu cachimbo como já era de praxe, viu um louco que estava do outro lado da rua, sabia que era louco, pois seu aspecto era mundano suas roupas eram de um pano velho e ele estava à cantarola uma canção famosa da década de 80, ficava a repeti o mesmo verso  “ eu quero a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida” e quando alguém se aproximava cantava mais e mais alto.

Claro que todos se espantavam com a canção do louco que mais parecia berros, mas o poeta percebeu a sinceridade do louco que mais lembrava o próprio poeta  pois gritava para o mundo seus versos sem se importar com o incômodo, assustando um ou outro, mas apesar de alguns sentirem-se incomodados  ninguém reclamava, a musica era agradável o louco nada mais fazia do que gritar seu desejo ao mundo “eu quero a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida” e ninguém cala um poeta, digo um louco.

Meu irmão E.T

Meu nome é Carlos, tenho 9 anos e nessa semana aconteceu algo incrível, um E.T apareceu em casa e justamente no meu quarto, sim um E.T desses verdes e com antenas. Sai correndo procurando minha mãe pra avisar da invasão.

-manhê, manhê!

-oque foi filho?

-Tem um E.T no meu quarto, ele é verde tem duas antenas e olhos grandes, mãe me ajuda.

-Calma filho aquele é Pedro seu novo irmão, nos o adotamos hoje de manha.

Jamais foram ditas palavras mais absurdas, eu irmão de um E.T? eca! Nem pensar.

Fiquei ali parado por algum tempo tentando entender a situação, fui lentamente voltando para o quarto, mas parei na porta, a abri bem devagar e lá estava aquela criatura horrenda de cor de musgo, ele não me viu pois estava de costas mas percebi algo em sua mão era meu boneco robô super xx23.Nunca senti tanta raiva e medo ao mesmo tempo, queria entrar e dar uns sopapos nele mas ao mesmo tempo temia em me aproximar.

-Meninos hora do almoço-minha mãe gritará da cozinha.

Oque será que essa criatura come? Espero que não coma bonecos. Mas era algo pior, uma comida verde que nem ele, brócolis, alface, eca! Tenho náusea só de falar. Apos o almoço corri para o quarto e fui dormir, talvez fosse tudo um sonho e quando eu acordar vai ficar tudo bem.

(um dia depois).

Ah! Que linda manha, nenhum E.T avista, fui ate a cozinha tomar meu café da manha, mas lá estava ele, dessa vez ele assumira forma humana, mas não me engana apesar da cara nova a roupa era a mesma, sentei-me junto a ele e fiquei a encara-lo, vou descobrir qual é a dele.

-ei menino, vamos brincar lá fora?

Ele balançou a cabeça como quem diz “sim”, provavelmente ainda não dominava a língua terráquea. Peguei minha bola de futebol e fomos ate o quintal e é claro que perdi a partida, pois todos sabem que os extraterrestres têm habilidades superiores as nossas.

-vamos brincar de outra coisa?- disse Pedro o E.T.

Começo agostar desse guri, ele não é como pensei. Os dias se passam e cada vez me identifico mais com meu irmão, sim meu irmão, ele pode ser verde as vezes ou ser um pouco chato e ate meche nos meus brinquedos, mas ele é legal e com tudo isso aprendi que não se deve julgar as pessoas por serem de outro planeta.

Meu vicio é você

Descobri, sou viciado em você
Basta um ou dois dias sem te ver
Que já fico assim, Todo neurado.
Sim sou viciado
E nisso o que há de errado?
Antes viciado que mal amado
Pois se você é minha droga
Então pouco me importa
Se hei de morrer
Pois se morro deve ser de amor,
Amor, existe droga mais perfeita?
Doce, doce, dou-me ao amor
Ah querida, pois por ti viciado sou.